terça-feira, 7 de setembro de 2010

Liberto

Imagem retirada do Deviantart
Lírio branco enfeita o carcere
Que apreisiona o algo erroneo
Este louco para se livrar
Das garras enferrujadas do tempo
A única janela está voltada ao
Céu sem sol. Apenas claridade esquecida
Lá fora o mundo almeja inovação
Cá dentro só existe face perdida
Eterna em sua mesmice aguada
Lágrimas se desmancham nos ares
E inundam a sanidade do prisioneiro
Sino parte longinquo e abre buraco na parede
        Algo vira peixe, que estende suas barbatanas
        Voa liberto em gostas de nuvem

Helena M.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Linhas de Saudade


Imagem retirada do Deviantart



Um dia, ao acaso, fiquei a observar


As linhas da minha mão

Traços finos apagados pelo tempo

Ramos sem rumo

Que se estendem ao infinito



Serão mesmo estas linhas

As reticências do futuro?

O imponente destino cobiçado pelas ciganas?


Pois eu leio algo diferente

Não vejo a aurora do sol nascente

Mas sim os rastros do astro que se pôs

Essas curvas contêm o ontem; o passado omitido

De quando se colocou a mão sobre o peito doído

E se enxugou lágrimas de amor

De quando se tapou os olhos por medo

E a boca para não gritar


Dos tempos de nostalgia da pura infância


Onde as mãos brincavam de adoleta


Sem malícias, sem preocupações


Essas mãos trazem lembranças


Do toque na bochecha, após se receber um beijo estalado


Do bater de palmas, das mãos no bolso

Do indicador nos lábios, simbolizando segredo

Dos acenos distantes, das pontas frias dos dedos

Do calor de outra mão

Estas linhas escrevem o poema da vida

São a essência da alma

E trazem consigo a promessa:

De novos toques, apertos de mão

E beijinhos lançados ao vento

Imagem tirada do Google

Helena Marques

sábado, 4 de setembro de 2010

Perdição

imagem retirada do deviantart

A viola de chuva cria

A pedra da fonte
Paraíso... Oco!
Igual a água-viva.
Nada mais é do que

O constante movimento de coice

Agogô sonoro. Que canta e emite e grita

E chora!

Ah, mas que torpor...

Pobre do peixe de ouro que na verdade

É pedra suja.

Perdeu seu halo iluminado

Pois perdeu a si mesmo.

Helena M.

Introdução

Olá,



Neste blog pretendo postar poesias e pensamentos.


Desejo compartilhar meu lirismo abstrato.


Espero que minhas palavras soem como


Os uivos carinhosos dos ventos e alimentem a


Curiosidade do seu "eu" profundo.


Finalizo este post com dois versos lançados ao acaso:


Melodia de jazz toca em bronze o linho cru


Pálido jarro d'água, dados da sorte num manto de trevos.


Helena M. -  sociedade dos Poetas Relâmpagos.